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sexta-feira, 8 de abril de 2011
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quinta-feira, 7 de abril de 2011
TRAJEDIA EM RIO DE JANEIRO ATIRADOR ENTRA NA ESCOLA E comesa A ATIRAR NOS ALUNOS E NOS PROFESORES
Homem invade escola no Rio e mata 11 crianças
Wellington Menezes de Oliveira, que também morreu, era ex-estudante da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo
VEJA UMA MAE CHORANDO QUE COISA TRISTE PORQUE O CARA FAIS UMA COISA DESSA POR QUE MOTIVO FASER ISSO
ESSE DAI E O ATIRADOR Wellington Menezes de Oliveira
Doze pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas na manhã desta quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Polícia Civil. De acordo com a Polícia Militar, o ex-estudante da instituição Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, invadiu o local por volta das 8h e disparou contra alunos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, entre os mortos estão dez meninas, um menino e o autor dos disparos. Os feridos - dez meninos e três meninas - foram encaminhadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, Hospital Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e Hospital Central da Polícia Militar.
Mais cedo, o Instituto Médico Legal (IML) informou que o número de mortos havia subido para 13, mas a informação foi corrigida pela Polícia Civil. (Veja a lista dos mortos já identificados)
A direção da escola informou que o homem - que era um ex-aluno - se passou por um palestrante para entrar na instituição de ensino. A escola está completando 40 anos e alguns ex-alunos têm ido ao local dar depoimentos aos atuais estudantes. Segundo testemunhas, Wellington estava com duas armas e munição profissional.
Ao chegar ao local, primeiro ele teria procurado uma professora que já tinha lhe dado aula no passado. Como não a encontrou, subiu para o primeiro andar, foi em duas salas do oitavo ano do Ensino Fundamental e efetuou disparos.
Com o início do barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos. Quando estavam indo para o segundo andar, o atirador teria se deparado ainda dentro da escola com um sargento da Polícia Militar. O soldado participava de uma blitz do Detro na região para apreender vans piratas quando foi avisado por duas crianças feridas. O policial teria pedido para Wellington se render. Como o mesmo não respeitou, o sargento deu um tiro no abdômen do suspeito. Logo depois, o atirador caiu e se matou com um disparo na cabeça. "A tragédia poderia ter sido pior", avaliou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 400 alunos do Ensino Fundamental com idades entre 9 e 14 anos estudam na escola municipal no turno da manhã. Por conta do ocorrido, a movimentação foi intensa na manhã desta quinta-feira em frente à instituição de ensino. A rua onde fica localizada a escola segue interditada e policiais militares do 14º BPM (Bangu) estão no local. Ainda não há informações sobre o que teria motivado o crime. O atirador não tinha antecedentes criminais.
O subprefeito da zona oeste, Edmar Teixeira, informou que Wellington deixou uma carta antes de praticar o crime. No documento, que foi entregue à Divisão de Homicídios da Polícia Civil, o homem relatou que era portador do vírus HIV. "Na carta, ele dava indícios de que era uma pessoa desequilibrada. Em alguns trechos, escreveu que não tinha mais vontade de viver e citou os nomes de alguns professores e alunos", contou o subprefeito.
O carteiro Ercílio Antunes, de 44 anos, mora em frente à escola e estava indo para o trabalho quando o tiroteio teve início. "Ouvi muitos gritos e disparos. Logo depois, surgiram crianças correndo e entraram na minha casa, que estava com a porta aberta. Elas estavam chorando, amedrontadas e sujas de sangue. Pensei em ir ao colégio, mas ao ouvir mais disparos, eu voltei. Poderia ter sido outra vítima", relatou.
*com reportagem de Raphael Gomide e Anderson Ramos, iG Rio de Janeiro
BRASÍLIA (Reuters) - Emocionada, a presidente Dilma Rousseff prestou homenagem nesta quinta-feira às crianças mortas em uma escola no Rio de Janeiro após um homem ter invadido o prédio e atirado contra os estudantes.
A presidente, que participava de cerimônia com microempreendedores no Palácio da Planalto, cancelou seu discurso e encurtou o evento. Pediu um minuto de silêncio e chorou ao homenagear "brasileirinhos que foram tirados tão cedo da vida".
Nesta manhã, um homem armado invadiu a escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Disparou várias vezes e matou 11 alunos, antes de se suicidar.
"Não era característica do país ocorrer esse tipo de crime, por isso eu considero que todos aqui, todos nós, homens e mulheres, aqui presentes, estamos unidos no repúdio àquele ato de violência, no repúdio a esse tipo de violência sobretudo com crianças indefesas", disse a presidente.
Dilma decretou luto oficial de três dias e, mais tarde, disse que "fará todo o esforço" para estar no Rio de Janeiro para o enterro das vítimas. A decisão deverá ser tomada ainda nesta tarde, após conversa com o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Na sexta-feira à noite, a presidente embarca rumo à China, onde terá encontro com lideranças locais e participará da cúpula dos Brics -sigla que reúne Brasil, Rússia, Índia e China- na semana que vem.
Mais cedo, Dilma já havia conversado com Paes e o governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), informou o porta-voz da Presidência, Ricardo Baena. Ele declarou que a presidente acompanha "com grave preocupação" a tragédia na cidade.
Segundo ele, Dilma determinou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tome providências sobre o episódio.
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